quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um dos pintores principais da Art-Nouveau


"MUCHA"

Alfons Maria Mucha (Ivancice, Morávia, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939)
Ilustrador e designer gráfico, pintor e escultor tcheco, um dos principais nomes do movimento Art Nouveau. Seu talento como desenhista revelou-se desde a infância e seu primeiro trabalho artístico, A Crucificação foi feito aos oito anos. Nas horas vagas, para reforçar seu orçamento, ele pintava retratos. Sua fama de excelente pintor lhe valeu um emprego com o conde Khuen Belasi que encomendou uma série de murais para seu palácio. Mucha já era um ilustrador de renome quando a sorte bateu em sua porta. Durante os feriados de Natal e Ano Novo de 1894, ele era o único artista de plantão na tipografia Lemercier quando foi procurado por Sarah Bernhardt. A famosa atriz necessitava de um pôster para a divulgação de Gismonda, sua nova peça teatral. Mucha não hesitou em atender o pedido urgente da divina Sarah e criou o pôster.
A obra fascinou a todos, com seu formato verticalizado, os sutis tons pastéis e o efeito de auréola sobre a cabeça da personagem. Estes passaram a ser os elementos característicos dos pôsteres de Mucha, adorados pelos parisienses. Sarah Bernhardt ofereceu ao pintor um contrato de seis anos para a produção de desenhos cênicos, vestuários e pôsteres. Ao mesmo tempo o artista assinou um contrato exclusivo com a gráfica Champenois para produzir materiais comerciais e decorativos. Dessa parceria iriam nascer os famosos cartões postais, cardápios para restaurantes e peças promocionais do Champagne Möet & Chandon.

Depois de viver anos em Viena, Munich, Paris e nos Estados Unidos, Alfons Mucha regressou para a Boêmia em 1910. Ele foi dar início a um projeto que iria ocupar o resto de sua vida. A criação de uma obra épica, um monumento comemorativo às lutas e vitórias do povo eslavo.
Enquanto criava as vinte pinturas que viriam a compor o conjunto da Épica Eslava, Mucha sempre encontrava tempo para dedicar-se a pequenos trabalhos, tais como desenhar os selos e as cédulas da nova moeda que seriam utilizadas pela recém proclamada República da Tchecoslováquia. Foi nesse período que nasceram das mãos do artista, as pinturas que serviram de modelo para a confecção dos vitrais da Catedral de São Vito.

Fonte: Revista Digital. MUCHA

Vídeo



Temos aqui um vídeo com algumas fotos com características da Art Nouveau. Na lateral direita, temos mais algumas sugestões de vídeos sobre Artes.

Art Nouveau no Brasil


Foi no início do século XX que o art nouveau chegou ao Brasil, importado da França, principalmente na decoração de interiores ou em grades e elementos arquitetônicos de ferro forjado. São testemunhos disso, no Rio de Janeiro, a decoração da Confeitaria Colombo, na rua Gonçalves Dias nº 32, e as grades dos salões do Teatro Municipal.

Na década de 1910, chegou ao Rio o arquiteto italiano Virgilio Virzi, que projetou em neogótico com ornamentos art nouveau o prédio do Elixir de Nogueira, na rua da Glória (demolido), a residência Martinelli, na avenida Oswaldo Cruz nº 149 (demolida), e uma casa na rua do Russel nº 734. Em São Paulo, a Vila Penteado (1902) foi projetada por Carlos Eckman em típico estilo art nouveau francês.
Na imagem temos a art nouveau em São Paulo, no Centro Cultural do Banco do Brasil.

Fontes: Enciclopédia Britânica – Artcyclopedia

Art-Nouveau


Caracterizado por exuberância decorativa, formas ondulantes, contornos sinuosos e composição assimétrica, o art nouveau procurou sempre um ritmo ascensional elegante, feito de linhas entrelaçadas que sugerem muitas vezes o mover instável das chamas.

Estilo de arte e arquitetura que se desenvolveu na Europa e nos Estados Unidos entre 1883 e 1910, o art nouveau perdurou até a década de 1920 em objetos decorativos e teve significativas projeções no Brasil. Conforme os países que o adotaram, o estilo recebeu diferentes nomes na época, como Jugendstil na Alemanha, floreale ou Liberty na Itália, arte joven ou modernismo na Espanha. O art nouveau chamou-se ainda style 1900 e style lumière, devido à Exposição Universal de 1900, realizada em Paris em comemoração à passagem do século e na qual o estilo obteve a consagração internacional.

Belle Époque


"É mais um estado de espírito"

Costuma-se definir Belle Époque como um período de pouco mais de trinta anos que, iniciando-se por volta de 1880, prolonga-se até a Guerra de 1914.

Mas essa não é, logicamente, uma delimitação matemática: na verdade, Belle Époque é um estado de espírito, que se manifesta em dado momento na vida de determinado país.

No Brasil, a Belle Époque situa-se entre 1889, data da proclamação da República, e 1922, ano da realização da Semana da Arte Moderna em São Paulo, sendo precedida por um curto prelúdio – a década de 1880 – e prorrogada por uma fase de progressivo esvaziamento, que perdurou até 1925.